A Cascavel (Crotalus durissus) é uma cobra
peçonhenta da Família Viperidae. Ela se distribui nas Américas Central e
do Sul, do México até a Argentina. Vivem geralmente em regiões de cerrado,
em regiões secas e áreas pedregosas e arenosas, raramente podem ser encontradas
em florestas.
Possui
cores em tons de castanho, com a parte ventral (“barriga”) mais clara e “desenhos”
de losangos escuros pelo corpo todo. A característica mais marcante desta
serpente é a presença de um guiso na ponta da cauda, que são escamas
modificadas que parecem uma série de anéis unidos, o número destes anéis não
serve para determinar sua idade, visto que o número de anéis pode representar o
número de trocas de pele pelas quais a cascavel passou, e este processo pode
ocorrer 2 a 4 vezes por ano. O guiso é também chamado de chocalho por emitir um
som típico, que acaba por afastar possíveis vítimas.
Seu bote
é violento, o veneno tem ações neurotóxicas, ou seja, atuam no sistema nervoso
central causando dificuldade de respiração e locomoção. Porém ela só ataca
quando se sente ameaçada. No
Brasil, as serpentes do gênero Crotalus causam cerca de 8% dos acidentes ofídicos
peçonhentos notificados, o segundo maior no país, sendo que, no estado de São
Paulo (região de Ribeirão Preto e Botucatu), a porcentagem de acidentes por
esta sub-espécie aumenta para 25%. A maioria destes acidentes é provocada pela
espécie Crotalus durissus terrificus (Cdt), e são considerados os acidentes
ofídios mais graves em nosso País (Ministério da Saúde, 2001).
As
cascavéis se alimentam principalmente de pequenos roedores, mas também podem comer
pequenas aves, coelhos, lagartos, e, eventualmente, outras serpentes. Geralmente
tem hábito crepuscular e noturno mas são vistas também durante o dia.
Estes
animais são ovovivíparos, ou seja os filhotes nascem de ovos, mas somente
depois de terem completado seu desenvolvimento, por cerca de 6 meses, no
interior da fêmea. Terminado o período de gestação, portanto, nascem de 16 e 24
filhotes. Uma cascavel pode viver até 20 anos.
Referências:
CASTRO, I. Estudo da toxicidade das peçonhas
crotálicas e botrópicas, no acidente ofídico, com ênfase a toxicidade renal.
Revista O MUNDO DA SAÚDE, v.30, n.4, p. 644-653, out/dez, São Paulo: 2006.
SILVA, N. G. Efeito do veneno de Crotalus
durissus terrificus no edema crônico induzido na pata de camundongos pela
injeção de Bacilo Calmette-Guérin (BCG) – Dissertação de mestrado. São Paulo,
2012.
Sites relacionados: http://www.infoescola.com/repteis/cascavel/
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